Cobertas com estrume
explodem, cá dentro, as faces
descobertas e amassadas
de um infame passado.
Apodreça longe!
Dentro e fora
fragmento-me num céu
de nuvenzinhas enquanto um
anjo menino, a bisbilhotar todo
o silêncio, retribui, com doce vinho
e florinhas de sorrisos à toa,
o recomeço do dia.
Mas cá fora, que também
é dentro, ainda escorre
elástico cimento...
E é na morte da aurora,
em cada passo dado em falso,
que ergo o cadafalso onde,
de condenada em mormaços,
Em dura ruptura,
Faço-me
Liberta!
Patrícia Gomes
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Patuska Gomes
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P.S.: Se isso fosse de minha autoria, seria para o ser mais asqueroso que já me relacionei um dia.
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